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sábado, 13 de novembro de 2010

Gay Power


Não é novidade que os gays estão em todos os lugares. Na mídia, no mercado concorrido, nas discussões religiosas e, atualmente, na política. Na disputa pelo cargo de presidente, parece que agora todos os candidatos mostram planos de governo onde o espaço para os gays é considerado, no mínimo, tolerante. Em meio à guerra verbal declarada no segundo turno, algumas verdades vêm à tona, os discursos se embaralham e a gente já começa a perceber que, possivelmente, estamos diante de mais alguns anos de retrocesso no que diz respeito à garantia de nossos direitos na sociedade.

Todos os anos, os gays de todo o país vão ás ruas nas paradas gays. Um ato de militância, festa e visibilidade em que milhões de pessoas ocupam as ruas e mostram as cores do movimento no Brasil. Gritamos por igualdade, por respeito e dignidade, que a cada dia parece estar mais distante da nossa realidade. Adotar uma criança, ter direito ao casamento (de qualquer natureza), criminalização da homofobia: direitos simples que poderiam ser garantidos a partir de uma assinatura, mas tudo se complica por aqui. De quem é a culpa?

É fácil falar que os políticos não olham por nós. É fácil apontar o dedo e dizer que eles não estão ao lado dos gays. De fato, a maioria é assim: no período eleitoral diz uma ou duas palavras a favor do movimento e depois engavetam qualquer projeto que vise a melhoria da visibilidade gay no país. Esse fato é incontestável. Na busca pelo poder, todos viram defensores do bem. Na hora de exercer o poder, todos são apenas figurantes de uma novela das sete, aquela da bichinha que dá show.

Mas, de onde vem realmente o poder? Daqueles que dão ordens sentados no gabinete do governo ou das pessoas que estão em casa, no trabalho ou nas ruas? Vale lembrar uma coisa: eles não vão para o "poder executivo/legislativo" sozinhos. Eles estão lá por causa do voto de cada um que faz a população brasileira. Nas urnas, os votos não são sexuados, não tem cor e nem necessidades especiais, todos valem o mesmo peso. O peso principal está na união das pessoas para alguma coisa.

Somos muitos. A mesma marcha que sai às ruas numa parada gay pedindo por visibilidade, respeito e direitos garantidos pode ir às urnas e fazer a diferença. Nesse segundo turno, já teve gente que mudou o discurso, para agradar a Igreja e se mostrando contra o casamento gay, entre outros direitos. Afinal, onde estão os números dos nossos impostos? Se representamos o Pink Money do mercado brasileiro, também somos o Gay Power, que merece respeito e dignidade na gestão do país.

Não adianta votar em branco. Se alguém se assume contra a comunidade gay, o que temos a fazer é ir contra o candidato. É a hora, Brasil! É a hora de mostrar que os gays tem seu poder também nas urnas. Vamos fazer a diferença. É fazendo oposição que o poder se rende ao povo. Consciência: é só isso que eu desejo nessas eleições.

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