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sábado, 20 de novembro de 2010

Um Quarto em Roma




Homofobia: Gays Vivendo Num Estado de Guerra



Sofri muito com a homofobia na escola, era xingado de “bicha”, “viadinho”, “Marcos bicha”, “travecão”, entre outros. Na verdade, desde os meus 10, 12 anos, tinha certeza da minha sexualidade e era afeminado, não sei se foi devido ao ser o filho mais novo e com saúde fragilizada, eu era o “não me toque, não me rele” da mamãe e até hoje sinto que minha mãe tem uma leve tendência em me poupar. Desde muito pequeno lidei com o bullying, muitas das vezes promovidos por aqueles que esperava amor, pelos meus parentes.

Certa vez, estava brincando na rua e os meus colegas e eles começaram a me chamar de "bicha", entrei chorando pra casa e minha mãe saiu, foi comigo na rua e perguntou quem estava mexendo comigo, ninguém respondeu, depois a minha mãe disse: vocês não gostam de brincar com o Marcos? Porque ficam fazendo isso com ele? Se vocês continuarem a ofende-ló, ele não vai mais brincar com vocês. Os meninos pediram desculpas e continuei brincando com eles naquele dia.

Na escola, a situação era critica, quase que diariamente eu voltava pra casa chorando. Minha irmã mais velha sempre intervinha quando via as provocações, mas nem sempre ela estava presente. Minha mãe, cansada de tudo isso, me disse: da próxima vez que você voltar chorando, irá apanhar. E como prometido, aconteceu. Depois da surra ela me disse: isso é para você aprender a resolver os seus problemas na escola. Acredito que muitos pedagogos irão se retorcer ao ler esse depoimento, mas essa lição dada por minha mãe, mudou a minha vida.

Na mesma semana, ainda enfezado por ter apanhado da minha mãe e de também apanhar na escola, um dos babacas que sempre mexia comigo me chamou de bicha, eu fui em direção dele e perguntei: Quem é bicha? Ele respondeu: Você. Não pensei duas vezes e sem saber dar porrada, dei porrada. Em segundos um grande circulo se formou ao redor da briga e sai de lá com título de herói. Continuaram mexendo comigo, essa não foi a primeira briga, mas depois disso conquistei respeito e nunca mais foi o “Marcos Viadinho”.

Não estou incentivando a violência, mas sou a favor da legitima defesa. Se um homofóbico vem pra cima de, com sede de matar e tirar sangue, temos que ir pra cima, temos que nos defender. Se não sabe brigar, meta a unha, arranque os cabelos, chuta as canelas, mira no joelho sem dó, mas gays desse Brasil varonil, não apanhem feio de homofóbicos na rua. Pensem o seguinte: Se você for atacado, estará "fudido" mesmo e não tem muito a perder, então vá pra cima, arranque sangue, chute o saco e mostre que “bicha não é bagunça”.

Vendo as cenas que foram ao ar hoje pelo SBT, das câmeras de seguranças de flagraram o momento que os delinquentes atacaram um gay na Av. Paulista, fiquei indignado. O rapaz que foi atacado estava com dois amigos e os dois ficaram assistindo a briga. A homofobia é uma guerra, estamos em guerra e temos que lutar juntos, se vermos um gay apanhando na rua, vamos todos pra cima, vamos apanhar e bater juntos, se eles pegaram uma lâmpada, a gente pega um pedaço de pau, mas vamos nos defender, nãos vamos deixar os nossos iguais apanhando de graça, pelo simples fato de serem homossexuais e estar exercendo o direito de ir e vir, garantido em nossa constituição federal.

Por Marcos Freitas
www.passageirodomundo.blogspot.com




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François Sagat é Destaque no 18º Festival Mix Brasil de Cinema



O 18º Festival de Mix Brasil de Cinema começa hoje (11/11) no CineSesc Augusta, com coquetel de abertura e apresentação do filme ““Contracorriente”, de Javier Fuentes-León, às 21hs, apenas para convidados do Festival. O filme “Contracorriente” faturou o Audience Award no Sundance Film Festival e no Miami Film Festival, em 2010. A abertura contará com a presença de Fuentes-León que virá ao Brasil especialmente para a abertura do festival.



Outro grande destaque no Festival é a exibição do filme “L.A. Zumbi”, de Bruce La Bruce. O filme terá uma sessão especial no “cinemão” Cine Don José, no centro da capital, no dia 12 de novembro, às 21h. O ator François Sagat, protagonista do longa e astro do cinema pornô gay, estará nesta sessão especial a convite dos organizadores do Festival.



O Mix Brasil exibirá mais de uma centena de filmes, incluindo curtas-metragens caseiros, que serão submetidos ao júri popular comandado por Marisa Orth, na 11ª edição do tradicional Show do Gongo. Os interessados poderão se inscrever até às 18h no balcão de credenciamento no dia do evento, 16 de novembro. As gongadas começam às 21h.

O público também poderá escolher seus preferidos nas categorias Melhor Longa, Melhor Documentário e Melhor Curta-Metragem (brasileiro e estrangeiro) que também receberão o troféu prateado. O “Troféu Ida Feldman” premiará a personalidade que mais se destacar durante o evento. Os filmes da mostra competitiva também serão elegíveis ao “Premio Aquisição Canal Brasil” com prêmio no valor de R$ 15 mil.



O Panorama Internacional, seção do evento dedicada à exibição de novos longas-metragens que estão circulando em festivais internacionais de cinema e no circuito GLBT, apresenta filmes como “Homem no Banho”, de Christophe Honoré. Esta é outra oportunidade para o público conferir François Sagat na tela grande e pessoalmente. Na noite dedicada às meninas, 17, elas poderão conferir a pré-estreia brasileira do longa de arte erótico “Quarto em Roma”, do espanhol Júlio Medem, estrelado por Elena Anaya, a estrela do novo filme de Almodóvar.



No dia do encerramento, 18 de novembro, acontece a cerimônia de premiação desta edição, às 21h, no Cinesesc. Na ocasião, será projetado o filme de Dennis Todoroovic, Sasha, que conta a história de um menino que se apaixona pelo professor de piano, provocando a rejeição de sua família conservadora. Depois que acontecer em São Paulo, o Mix Brasil segue para o Rio de Janeiro, onde começa no dia 26 de novembro.

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